Depois de tantas coisas boas, já na noite de segunda-feira, bateu um clima de despedida, saudades antes mesmo de voltar para casa. Como despedir de um lugar tão lindo? Meu Deus, os dias passaram tão rápido que nem vimos.
Já tínhamos planejado um dia dedicado à Gramado. Depois de focarmos nossos primeiros dias em cobrir o festival, pensamos em não o deixar de lado, mas colocá-lo em segundo plano e apresentarmos para vocês o “pedacinho do paraíso”, como chamou a atriz Eva Wilma durante seu discurso na noite de abertura do festival de cinema de Gramado.
É tudo tão lindo que nem sabíamos por onde começar. A parte da manhã dedicamos ao debate do filme “Colegas”, que reuniu a imprensa e resultou em algumas entrevistas muito legais como a dos protagonistas do filme e do diretor Marcelo Galvão. Na sala de imprensa terminamos o que era necessário e fomos para a rua. Finalmente conheceríamos Gramado, passearíamos por Gramado, tiraríamos muitas fotos, entrevistaríamos os moradores e mostraríamos para vocês o que é a cidade que os carros param para você passar.
Infelizmente nossos planos não puderam se concluir, um incidente tirou todo o clima da equipe. Uma câmera fotográfica simplesmente sumiu, nossa procura não deu em nada, voltamos para casa sem ela, o que gerou um grande desconforto para todos da Expedições ICA.
Mas, voltando ao último dia em Gramado. À noite até que nos preparou uma surpresa bem bacana. Conversamos bastante com um crítico de cinema, o que com certeza acrescentou algo no conhecimento sobre cinema de cada um. Em seguida, fomos para uma festa da equipe do filme “Insônia”. Uma festa que incluía a imprensa, diretores e atores dos longas e curtas exibidos durante o festival, convidados, dentre outros. Os diretores Matheus Souza e Marcelo Galvão e a triz Juliana Didone são algumas das pessoas que estavam na festa. Foi mais uma experiência muito construtiva para a equipe do Expedições ICA, conhecemos muita gente da imprensa e fizemos muitos contatos com pessoas ligadas ao cinema e a mídia.
Que pena! Era nossa última noite em Gramado. No dia seguinte, acordamos cedo e nos despedimos daquela cidade que confirmamos ser o “pedacinho do paraíso”.
por Bárbara Andrade
Passar cinco dias em Gramado e participar do Festival de Cinema me fez entender a magia cênica daquele lugar. Não que tudo seja uma mentira. Não mesmo! A arquitetura e o clima da cidade é tão aconchegante que mais se assemelha a um filme, a uma novela do que propriamente a vida real. Soma-se a isso o glamour do evento, as pequenas-grandes produções do cinema brasileiro e, claro, famosos e o tapete vermelho.
Me alertaram de que a cidade só permanece assim durante os festivais, que ajudam a promover a fama do lugar, como sendo um recanto de cultura e beleza. Isso faz lembrar dos espetáculos circenses. Eles chegam e trazem vida a um local. Porém, o tempo de permanência é breve, e a lona que hasteada traz alegria, ao ser baixada, traz despedida. No caso de Gramado, sabemos que em todos anos, festivais como o de Cinema e Publicidade, além de épocas festivas como Páscoa e Natal, fazem do lugar uma vila de encanto.
O melhor disso tudo é saber que a cidade se reinventa. As emoções que vivi durante o 40º Festival de Cinema de Gramado serão transformadas, pois novos filmes virão, novas instigações despertarão e novos holofotes comporão um novo espetáculo. E, para isso, não é preciso ser jornalista, nem mesmo produtor de cinema. Há apenas que ser amante da arte. Amante do cinema.
É preciso também ter imaginação. Oras! Cada um deve ser protagonista da sua própria história. O cenário já está armado. A cidade é o cenário. Ela que eleva a sétima arte à fantasia da realidade. A vocação de Gramado para o cinema nada tem a ver com o muito bem organizado evento, e sim com o seu talento para bons enquadramentos de serras, casas, praças, ruas e jardins, além das habilidades de seus atores, com um sorriso e gentileza sempre prontos.
por Felipe Bueno
Nossos últimos dias em Gramado foram marcados com uma mistura de alegria e tristeza.
Alegria, pois, todos ficaram muito satisfeitos com o resultado do trabalho, e com a certeza de que aprendemos e nos aperfeiçoamos para ser ainda melhor em qualquer outra cobertura. Ainda, tomei essa viagem como um presente, com todos os colegas da imprensa que conversei mesmo alguns já sendo veteranos do festival, a opinião era ímpar: “Gramado é uma terra mágica!”.
Tudo era de alguma forma envolvente. A atmosfera que se criou em minha volta naquela cidade, as pessoas, o intercâmbio de ideias trocadas, as risadas, o café da manhã, a expressão de alegria ao encontrar alguém da turma quando saía de um debate e dizia: “Incrível né?”. Simples, bonito, leve e mágico.
Senti falta das pessoas que cotidianamente estão ao meu lado, mas em especial dos meus amigos do BINGO. Tudo lá respira vocês de alguma forma. Seja o prazer pelas pequenas coisas, seja gentileza das pessoas, seja a linguagem audiovisual ou até mesmo a facilidade em ser amigo. Bonito, sentir vocês em cada pedacinho desta cidade.
Em nosso último dia, havíamos feito um planejamento mais light, longe da cobertura cheia que tivemos nas últimas horas. Pensamos em passear por Gramado, comprar nossos presentes tão encomendados, e até filmar. É, estamos na capital do cinema nacional daquela semana, então a ideia era produzir algo, mesmo que de brincadeira, para conversar com ideia do projeto.
Foi então que roubaram a câmera fotográfica modelo profissional que estava conosco, aquilo realmente mexeu com a nossa tarde. A polícia de Gramado foi extremamente solícita nos dando todo o suporte necessário que poderiam, os policiais se comportavam como se não tivessem acostumados com esse tipo de ocorrência.
Infelizmente não estava em nossos planos esse fim de viagem, mas tenho fé e certeza que ainda vamos conseguir recuperar este equipamento.
Nos despedimos de Gramado levando na bagagem não só as reportagens realizadas, os vídeos e fotografias registradas, mas com as boas lembranças na memória. Me vem a cabeça o momento de quando estávamos retornando, bem diferente da ida, onde tinha muita conversa, empolgação e expectativa. A volta foi silenciosa, quase que uma introspecção mesmo, todo mundo estava de alguma forma refletindo, e tenho certeza que vamos conduzir nosso futuro e nossas escolhas, a partir de agora, de outra maneira.
por Natália Alvarenga